Criado em 1998, o LTER-IAFA (Impactos Antropogênicos na Floresta Amazônica) é um dos mais antigos sítios de pesquisa de longa duração do Brasil. Localizado na Amazônia Central ao redor da cidade de Manaus, o LTER-IAFA tem contribuído para uma melhor compreensão da interação entre dinâmica temporal e variação ambiental no espaço, bem como os potenciais efeitos sinérgicos das mudanças climáticas e distúrbios antrópicos locais nas comunidades biológicas.
Esses resultados foram resumidos em três artigos de síntese (Luizão et al. 2013, Costa et al. 2015 e Costa et al. 2020). No final de 2020, o LTER-IAFA obteve apoio financeiro para os próximos quatro anos. Nesta nova fase, além de manter o monitoramento dos táxons focais (formigas, aves, peixes, lianas, palmeiras, árvores e fungos entomopatogênicos), o principal objetivo é aumentar a integração das ações de pesquisa com a sociedade e os usuários da biodiversidade. Para tanto, o campus da Universidade Federal do Amazonas (campus da UFAM) foi incluído como uma nova área de pesquisa de longo prazo.
O Campus da UFAM é um dos maiores fragmentos urbanos de floresta tropical do mundo e seu entorno é densamente ocupado por pessoas que pouco interagem com a biodiversidade local. Apesar de ser um fragmento florestal imerso em uma região urbana populosa de mais de 2 milhões de habitantes, ainda persistem muitas espécies especialistas florestais. Um dos objetivos do LTER-IAFA nesta nova fase é apoiar os coletivos urbanos existentes , ampliar e documentar o conhecimento social sobre a biodiversidade e seu uso.
Em geral, o PELD é um programa crucial que está dedicado a avançar na compreensão da Amazônia e dos impactos das atividades humanas neste ecossistema único e vital.
References:
Luizão et al. 2013
Costa et al. 2015 http://dx.doi.org/10.1016/j.ncon.2015.03.002
Costa et al. 2020 https://doi.org/10.4257/oeco.2020.2402.07