O Programa de Pesquisas Ecológicas de Longa Duração (PELD) é concebido e financiado pelo Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico (CNPq), e insere-se no programa “Ciência, Tecnologia e Inovação para Natureza e Clima” do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT).
Representa uma iniciativa pioneira no que diz respeito à obtenção de informações sobre aspectos fundamentais para a Conservação da Biodiversidade e Uso Sustentável dos Recursos Naturais dos ecossistemas brasileiros. Foi criado em 1996, no âmbito do Programa Integrado de Ecologia (IPE), e tem como foco o estabelecimento de sítios de pesquisa permanentes em diversos biomas e ecossistemas brasileiros, integrados em uma rede para o desenvolvimento e o acompanhamento de pesquisas ecológicas de longa duração.
O PELD é de extrema relevância para formação de recursos humanos e consolidação da pesquisa em Ecologia do Brasil, pois é um dos poucos programas que financiam pesquisa de longo prazo. Ele proporciona a investigação de temas como composição, funcionamento e dinâmica de ecossistemas, e efeitos de mudanças provocadas por perturbações naturais e/ou antrópicas, que tratam de processos ecológicos chaves para o entendimento dos mecanismos e padrões que moldam a biodiversidade do planeta e seus serviços ambientais.
No PELD Sítio 1: Floresta Amazônica – Manaus pesquisadores e projetos vinculados ao Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) atuam em parceria na investigação dos ecossistemas aquáticos e terrestres da floresta tropical úmida. Neste momento, o PELD encontra-se em sua segunda fase de execução. A primeira fase correspondeu ao período de 1998 - 2008 e grande parte dos resultados encontra-se disponível no nosso site.
Atualmente, o sítio PELD em Manaus abrange três Reservas Florestais do INPA na Amazônia Central. Estas reservas incluem áreas extensas de floresta tropical úmida (Reserva Florestal Adolpho Ducke e Estação Experimental de Silvicultura Tropical - Reserva Florestal Cuieiras), fragmentos florestais, pastagens e florestas secundárias (Reservas de Fragmentos Florestais). Essas áreas representam três níveis de impacto antrópico na região, incluindo impacto praticamente nulo em florestas primárias; impacto reduzido em áreas de extração seletiva de madeira; e impacto alto em fragmentos florestais isolados por pastagens.
Outros programas similares estão sendo desenvolvidos nos demais 26 sítios brasileiros e em outros 48 sítios internacionais. Em breve, todos estes sítios estarão interligados eletronicamente, de forma a facilitar o intercâmbio de informações e resultados de pesquisas de campo.