O projeto "Borboletas frugivoras do Amazonas: informações para uso técnico, científico e social", veio da ideia de refinar o que se sabe sobre a diversidade de borboletas das Unidades de Conservação (UCs) do Amazonas (AM) com o foco na geração de conhecimento para moradores locais, turistas e gestores das UCs. Nosso objetivo foi utilizar a logistica e organização do Programa Nacional de Monitoramento da Biodiversidade Programa Monitora, implementado pela Coordenação de Monitoramento da Biodiversidade (COMOB) do ICMBio, para entender melhor a diversidade e distribuição de borboletas frugi voras no estado. Seis UCs do AM que realizam o protocolo de borboletas do Programa Monitora participaram da amostragem para os guias: Parque Nacional do Jaú (PARNA do Jaú), Reserva Extrativista Arapixi (RE- SEX Arapixi), Parque Nacional Nascentes do Lago Jari (PARNA Nascentes do Lago Jari), Parque Nacional dos Campos Amazônicos (PARNA dos Campos Amazôni cos), Parque Nacional Mapinguari (PARNA Mapinguari) e Reserva Biológica do Uatumă (REBIO do Uatumā). Com as borboletas coletadas e enviadas para Manaus, foi pos sível identificá-las até espécie, fotografá-las e depositá-las adequadamente na coleção entomológica do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazónia (INPA) e no Laboratório de Ecologia de Comunidades, na Universidade Federal do Amazonas (UFAM), servindo de material testemunho dessas UCs
A identificação das borboletas até espécie possibilita a geração de diagnósticos ambientais mais completos e acurados. Dessa forma, o ICMBio pode contar agora com a identificação mais detalhada de todos os individuos das duas campanhas do ano de 2022 (e algumas de 2023), contribuindo com a identificação das borboletas das próximas campanhas de monitoramento. Esses dados também serão utilizados para a produção de artigos científicos sobre a diversidade local e regional das borboletas no Amazonas, além de outras abordagens. Os guias também poderão ser usados nas escolas, em aulas sobre educação ambiental, enfatizando a importância ecológica das borboletas. Além disso, a população poderá utilizar os guias como uma ferramen ta para o ecoturismo local, nas UCs em que esta atividade é permitida.